O grande debate em torno dos preços dos combustíveis, que ganhou ainda mais visibilidade após a greve dos caminhoneiros do ano passado, geraram diversas propostas com a finalidade de redução desses valores.
A CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) lançou propostas de algumas medidas que, teoricamente, tornariam viáveis essas baixas nos preços.
Uma delas é justamente a verticalização da revenda pelas distribuidoras de combustíveis, um assunto que tem gerado bastante polêmica.
Apesar de ser defendido que essa é uma medida que efetivamente contribuiria para a redução do preço dos combustíveis, ela pode afetar diversos pequenos revendedores, os chamados bandeira branca.
Para entender mais sobre esse tema, resolvemos trazer aqui esse artigo com algumas informações acerca do assunto.
Acompanhe até o final e saiba tudo sobre o que pode acontecer ainda esse ano com relação às distribuidoras e aos revendedores de combustíveis.
Verticalização da revenda:
entenda tudo sobre essa medida
Postos Bandeira Branca
Os postos bandeira branca são aqueles que não ostentam nenhuma marca conhecida de distribuidora, como Shell, Petrobras ou Ipiranga.
Atualmente, muitos revendedores de combustíveis resolveram aderir e serem um posto bandeira branca, por terem mais flexibilidade para trabalhar com diferentes distribuidoras, podendo ter mais autonomia sobre preços e produtos.
Dessa forma, eles conseguem preços de compra razoáveis, mas ainda com qualidade, podendo lucrar bastante e ainda oferecer um ótimo valor ao cliente.
Se uma cidade possui diversos postos bandeira branca, maior será a concorrência e menor será a média do preço dos combustíveis para os consumidores.
Essa que foi uma forma de os empreendedores tornarem seus negócios mais viáveis no ramo dos combustíveis está agora em xeque, podendo acabar se a verticalização da revenda for aprovada.
Verticalização da revenda pelas distribuidoras
A verticalização da revenda é quando uma distribuidora de combustíveis detém participação direta na atividade de revenda, o que atualmente é proibido no Brasil.
O objetivo dessa proibição é proporcionar maior possibilidade de revendedores autônomos poderem estar em um mercado equilibrado sem precisar competir com as grandes distribuidoras de combustíveis.
Entretanto, a liberação da verticalização da revenda tem sido discutida como uma das propostas apresentadas pelo CADE para reduzir o preço ao consumidor final.
Isso seria possível porque as grandes distribuidoras poderiam ter um maior controle sobre o preço final repassado ao consumidor (o cliente que abastece seu veículo nos postos).
Com isso, elas seriam capazes de oferecer um preço bem baixo a esse consumidor final, sem ter prejuízo e garantindo um bom lucro.
Entretanto, isso acarretaria em um enorme prejuízo aos postos revendedores autônomos e também às distribuidoras emergentes, que não conseguiriam competir no mercado em pé de igualdade.
Com preços mais altos, eles perderiam clientes e acabariam tendo que fechar, o que proporcionaria uma diminuição na concorrência e não um aumento, como é o pretendido.
Ao contrário do que muitos pensam, os postos bandeira branca são essenciais para a concorrência das distribuidoras e no varejo.
Isso porque quanto mais postos bandeira branca, maior a possibilidade de que novas distribuidoras possam entrar no mercado atacadista e aumentar a concorrência daquelas já existentes, reduzindo os preços de compra.
Além disso, como dito anteriormente, quanto mais postos bandeira branca no mercado de varejo, maior a concorrência entre eles e menor serão os preços passados ao consumidor final.
Dessa forma, os grupos representantes dos revendedores autônomos rebatem que modificar a legislação atual para permitir a verticalização da revenda não resolverá o problema da concorrência e dos preços.
Para isso, a Agência Nacional de Petróleo precisa colocar a luz sobre os verdadeiros problemas e preocupações referentes ao mercado de combustíveis para achar uma solução válida e real.
Conclusão
Como você pôde ver, o tema sobre o fim da proibição da verticalização da revenda está em alta no momento, inclusive com o aval do CADE.
Entretanto, ao invés de resolver o problema da concorrência e dos preços dos combustíveis, essa medida pode acabar com a existência dos postos bandeira branca, que não terão como disputar o mercado com as distribuidoras.
Dessa forma, é necessária a adoção de outras medidas que não afetem os postos revendedores autônomos nem as distribuidoras emergentes, e que resultem em uma diminuição dos preços dos combustíveis para os consumidores finais.
Ficou com alguma dúvida sobre como a verticalização da revenda pode acabar com os postos bandeira branca? Escreva nos comentários.
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